segunda-feira, 24 de julho de 2023

Aprendizagem Estratégica e Desenvolvimento Profissional - Trabalho - Mestrado em Educação- Funiber- 2023

FUNDAMENTOS TEÓRICOS EM EDUCAÇÃO . Aprendizagem Estratégica e Desenvolvimento Profissional - 

Trabalho FP102 – Aprendizagem estratégica e desenvolvimento profissional Trabalho Conv. Ordinária INDICAÇÕES GERAIS Este trabalho consiste em analisar a experiência docente de três professores seguindo as indicações que se apresentam abaixo. Além disso, o trabalho deve ser obrigatoriamente realizado em grupos de 4 ou 5 estudantes e deve atender os seguintes requisitos formais: Requisitos formais: Extensão: entre 5 e 6 páginas (sem contar as instruções, os enunciados, a bibliografia e os anexos –se houver–). Tipo de letra: Arial. Tamanho: 11 pontos. Espaçamento entre linhas: 1,5. Alinhamento: Justificado. O trabalho deve ser realizado neste documento Word seguindo as normas de apresentação e edição quanto às citações e referências bibliográficas (ver o Guia de Estudo). A entrega deve ser feita seguindo-se os procedimentos descritos no documento de avaliação da disciplina e em hipótese alguma deve ser enviado ao e-mail do(a) professor(a). Por outro lado, lembramos que existem alguns critérios de avaliação cujo conhecimento por parte do estudante é considerado de suma importância. Para mais informações, consulte o documento de avaliação da disciplina. Trabalho Nomes e sobrenomes dos alunos: Grupo: Data: Analisem a experiência docente de três professores de uma escola de ensino médio descritas abaixo e refletem criticamente sobre cada uma das questões que se formulam abaixo: Descrição dos casos Professor A Planejou com muito cuidado a aula, a partir de uma rede de conceitos que dispôs em uma transparência. Em uma aula prévia, fez algumas perguntas sobre o tema, identificando algumas noções relevantes como, por exemplo, anticiclone, depressão ou isóbara, que eram confusas, quando não erradas. Precisamente, na representação que fez, faltam estes conteúdos. Ao começar a sessão, explica cada uma das ramificações e quando chega a um "conceito vazio" para e inicia um diálogo com os alunos, tal como se pode ver seguidamente. Ao finalizar a unidade didática, e para avaliar seus alunos, apresenta uma rede de conceitos similar à trabalhada em aula e pede-lhes que a completem, tal como se apresenta a seguir. (P) “...quando as pressões atmosféricas são altas, o tempo é mais estável; estas zonas recebem um nome concreto que, como podem ver no esquema, não temos; há alguém que saiba?” (A) “chamam-se depressões” (P) ...depressões...quando uma pessoa está deprimida é porque tem o ânimo baixo ou alto?” (A) “baixo” (P) “então, o conceito de depressão deveremos empregá-lo para definir zonas atmosféricas com pressões...?” (A) “baixas” (P) “Onde colocaria esse conceito em nosso esquema?” (A) “no círculo vazio da direita, junto à flecha que vem de ”. Avaliação: Completar o esquema seguinte com os conceitos e/ou relações que faltem. PROFESSOR B Também tratou de identificar, na aula anterior, o que sabiam seus alunos. Para fazê-lo, levou para a aula uma vídeo-gravação da seção "O tempo” de um telejornal, tirando o som na edição do vídeo. Os alunos tinham que escrever em seus apontamentos os comentários que supunham que ia fazendo “O homem do tempo” com base nas imagens do mapa meteorológico que apareciam na tela. Na aula do dia seguinte, pediu a alguns estudantes que elaborassem um mapa de conceitos no quadro, a partir das noções surgidas no vídeo do dia anterior, explicando, em voz alta e passo a passo, as reflexões que realizaram na hora de selecionar cada conceito para relacioná-lo graficamente com o resto. Uma vez finalizado o mapa, convida todos a identificar os diferentes passos que seguiram estes estudantes para construir sua representação. Durante esta reflexão, os alunos explicam e discutem cada uma das fases e as operações que identificaram e, junto com o professor, elaboram a pauta para elaborar mapas conceituais que se descreve a seguir. Para avaliá-los, pede a eles que escutem as previsões do tempo, que façam um mapa de conceitos e que, a partir do mapa, tomem decisões sobre as condições de uma possível viagem à Extremadura. Primeiro: “Devem agrupar-se diferentes conceitos conforme sejam muito gerais, específicos ou muito específicos…… Segundo: “Buscar, dentro do primeiro grupo, um conceito que inclua o resto (por ex. o clima) e situar abaixo outros conceitos gerais, conectados com flechas. Escrever sobre cada flecha a ideia que relaciona cada par de conceitos…” Terceiro: “Conectar o seguinte grupo de conceitos específicos com os conceitos anteriores, também mediante flechas e palavras-ligação…” Cuarto: Relacionar novamente o último grupo de fatos muito específicos com o grupo de conceitos anterior, da forma habitual. Quinto: A seguir, vou dividi-los em grupos de três (misturar nos grupos alunos de alto e baixo rendimento) e quero que introduzam no mapa estes novos conceitos: TEMPERATURA, BORRASCAS e DIA ENSOLARADO. Não se esqueçam de escrever as palavras que ligam dois conceitos. Em seguida, deverão argumentar vossas decisões. AVALIAÇÃO: Escute este vídeo com as previsões do homem do tempo para o próximo fim de semana em Extremadura e elabore um mapa de conceitos a partir de suas explicações. Depois, pensando que você quer viajar para esta cidade, decida: Que roupa você levará? O que colocará em sua mala? Que meio de locomoção utilizará preferivelmente? Que atividades você realizará pela manhã? E pela tarde? ¡ARGUMENTE SUAS RESPOSTAS! Professor C Em uma aula anterior, o professor pediu a seus alunos que trouxessem de casa todos os mapas, artigos e gráficos sobre o tempo atmosférico e a meteorologia que encontrassem em revistas e jornais. Na aula correspondente, divide os alunos em pequenos grupos de 4 ou 5, ao acaso, e pede que organizem toda a informação que trouxeram, recortando textos e gráficos e pendurando-os em um jornal mural, a partir de alguma classificação que seja clara para eles. O professor espera que os alunos agrupem o material em categorias como bom tempo, mau tempo, catástrofes atmosféricas, variáveis que afetam a mudança climática, etc., etc. Uma vez que cada grupo tenha feito seu mural, deve pendurá-lo nas paredes da sala. Em seguida, todos os grupos vão passando por cada mural, enquanto o professor os convida a que façam comentários e perguntas. O professor (P) também participa, como se mostra no esquema da atividade que se apresenta a seguir. Finalmente, convida cada grupo a avaliar seu próprio trabalho. - (P) “Creem que no seu mural estão os principais conceitos relacionados com o clima atmosférico? Que relação existe entre clima e temperatura? Onde colocariam a noção de anticiclone?.... Alguém quer perguntar algo aos colegas?” Lembre-se de relacionar sua reflexão com o conteúdo da disciplina e mencionar autores e referências bibliográficas para fundamentar sua análise. Perguntas Se perguntássemos a cada um destes professores o que é mais importante que faça para que seus alunos aprendam, o que pensa que responderiam? (Reflexão relativa às estratégias e procedimentos de ensino e aprendizagem colocados em jogo em cada caso). Se perguntássemos a cada um destes professores como pensam que devem potencializar a compreensão do conteúdo, o que vocês acreditam que nos diriam? (Reflexão relativa às diversas estratégias utilizadas em cada caso para favorecer a construção de conhecimentos através da realização de tarefas de aprendizagem com base na alfabetização). Se perguntássemos a cada um destes professores que valor atribui à aprendizagem cooperativa, o que você acha que nos diriam? (Reflexão relativa às conveniências do trabalho cooperativo para a aprendizagem significativa). Que recomendação daria a cada um destes professores para que melhorassem suas aulas? (Elaborar uma recomendação para cada professor, suficientemente clara, de modo a que possa realizá-la em seu contexto educativo).

 PERGUNTA 1 - Se perguntássemos a cada um destes professores o que é mais importante que faça para que seus alunos aprendam, o que pensa que responderiam? - Professor A 

 O professor “A” utiliza-se de uma estratégia de instrução direta, centrada no professor, visando ajudar os estudantes a adquirir informação e desenvolver habilidades básicas. Utiliza estratégias de ensaio com seus alunos. Ele também faz um procedimento centrado nos conteúdos curriculares pré-estabelecidos. Faz uso de uma estratégia cognitiva de elaboração, promovendo assim a seleção, organização e elaboração da informação, bem como comparação e análise de dados, o que envolve aquisição e análise da informação, realização de inferência, recuperação da informação, compreensão, organização conceitual e classificação e síntese de dados. “A instrução direta está centrada no professor e seu objetivo é ajudar os estudantes a adquirir a informação e a aprender habilidades básicas. […] As estratégias de aprendizagem também se podem adquirir através da instrução se se ajudar os estudantes a encontrar formas de organizar a informação, para que esta possa ser recuperada”. (FUNIBER, On Line, 2022) -

 Professor B O professor “B” utiliza um procedimento ou estratégia centrado no conteúdo curricular dentro do contexto da concepção de aprendizagem estratégica metacognitiva, pois leva em consideração o enlace entre os conhecimentos prévios do aluno com as novas informações. O professor também faz uso de uma estratégia de cooperação, promovendo o trabalho em equipe para uma aprendizagem colaborativa, culminando com auto-avaliação reflexiva. - 

Professor C O Professor “C” utilizou a técnica da aprendizagem cooperativa e construção conjunta de conhecimentos na atividade proposta por meio da técnica de trabalho em equipe, promovendo interdependência positiva, interação, participação individual comprometida e responsável, atitudes pró-sociais e autorreflexão do grupo. O professor fez uso de estratégias metacognitivas e estratégias de cooperação utilizando exercícios de aprendizagem cooperativa e colaborativa. 
 PERGUNTA 2 - Se perguntássemos a cada um destes professores como pensam que devem potencializar a compreensão do conteúdo, o que vocês acreditam que nos diriam? - Professor A 

O professor “A” poderia converter a leitura do conteúdo em uma estratégia de aprendizagem, relacionando as novas informações com os conhecimentos prévios. Além disso poderia fazer uso da estratégia do INSERT, objetivando favorecer uma leitura reflexiva do conteúdo. Conforme expõe o material On Line da FUNIBER: “INSERT se descreve como uma estratégia que ajuda os leitores a interagir conscientemente com o texto para esclarecer seu pensamento. […] Esta é uma estratégia ideal para preparar os estudantes para uma discusão posterior à leitura [...]”. (FUNIBER, On Line, 2022) - 

Professor B O professor “B” poderia conduzir o pensamento reflexivo por meio da construção, criação e compreensão do conhecimento estimulando a produção e a melhoria contínua das ideias, fazendo prevalecer o princípio sociocognitivo levando em consideração o contexto do processo de ensino e aprendizagem. -

 Professor C O professor “C” poderia utilizar uma construção conjunta de conhecimentos por meio da dimensão da regulação da aprendizagem cognitiva e metacognitiva, promovendo uma regulação conjunta nos aspectos sociais e cognitivos. Desse modo, o Professor também estimula seus alunos a vivencia uma aprendizagem cooperativa e reflexiva. Isso poderia ser obtido pela estratégia para compreender e transcender o texto (Conteúdo), não apenas respondendo perguntas de compreensão e recebendo o feedback do professor e gerando suas próprias perguntas sobre o conteúdo. O professor também estimula a aprendizagem reflexiva e estratégica. Nesse sentido , Carretero e Fuentes (2011) afirmam que: “Aprender a aprender implica dispor de habilidades para pautar a própria aprendizagem e ser capaz de aprender de maneira cada vez mais eficaz e autônoma […]”. (FUNIBER, On Line, 2022) 

 PERGUNTA 3 - Se perguntássemos a cada um destes professores que valor atribui à aprendizagem cooperativa, o que você acha que nos diriam? - Professor A

 O Professor “A” não contempla a aprendizagem cooperativa, mas atribui os seguintes valores à aprendizagem centrada no professor: Inferência, capacidade de pesquisa e síntese, raciocinio lógico, pensamento dedutivo e capacidade cognitiva de elaboração, classificação e organização conceitual. - 

Professor B O Professor “A” atribui os seguintes valores à aprendizagem cooperativa: Cooperação, colaboração e trabalho em equipe. - 

Professor C O Professor “A” atribui os seguintes valores à aprendizagem cooperativa: Cooperação, colaboração e trabalho em equipe e auto-avaliação reflexiva. O professor também valoriza a prática reflexiva em suas estratégias de aprendizagem. Segundo Lipson e Wixson (1983), “Trata-se essencialmente de aprender a aprender”. (FUNIBER, On Line, 2022) 

 PERGUNTA 4 - Que recomendação daria a cada um destes professores para que melhorassem suas aulas? - Professor A .

Para o professor “A” recomendaríamos que utilizasse uma construção conjunta de conhecimentos por meio de uma técnica de aprendizagem cooperativa e colaborativa, além do uso das TICs (Tecnologias de Comunicação e Informação) aplicadas ao processo de ensino e aprendizagem. - 

Professor B Para o professor “B” recomendaríamos que utilizasse estratégias metacognitivas e estratégias de colaboração e cooperação, além do uso das TICs (Tecnologias de Comunicação e Informação) aplicadas ao processo de ensino e aprendizagem. -

 Professor C Para o professor “C” recomendaríamos que utilizasse as TICs (Tecnologias de Comunicação e Informação) aplicadas ao processo de ensino e aprendizagem.

quinta-feira, 13 de abril de 2023

AUTOBIOGRAFIA....

1
Nilson Fonseca O Profundo Silêncio: a experiência do Eu e do Nada.
2
Minhas mãos, 10/01/2008...
Minhas mãos podem ser objetos de desejos, de desejo, ensejo, de sedução. Estas próprias mãos que trabalham, constroem, destroem e afagam. Afagam os desejos impenetráveis da alma que nem mesmo os sentidos podem tocar.
Mãos instrumentos, para amar, possuir, mãos que expressam em seus gestos, as lágrimas e dores da alma. Mãos que guiam os cegos nas trilhas da escuridão, mãos que fizeram descobertas, invenções, mãos curiosas, mãos que manipulam o corpo e a alma.
Mãos que atingem o DNA humano, mãos que clonam outros seres em laboratório, mãos que salvam vidas, mãos que fabricam bombas nucleares... Apesar dos erros e acertos são as mãos dos homens que constroem o mundo.

Meus sagrados Pecados, 15/01/2008.
Dizem que são pecados, não é aceito pelo homem, um instinto chamado inveja daqueles que não são felizes que controla a vontade de poder que assola a alma dos míseros seres humanos.
Existem aqueles que têm inveja de tudo, do mundo, dos outros, há aqueles que têm inveja dos que são felizes, dos que são amados, daqueles que são amigos...
Meus sagrados e amados pecados que eleva o meu corpo ao encontro da alma. Meus selvagens instintos que me faz sorrir e chorar.
A minha sagrada carne que me faz encontrar em corpos morenos e sarados o prazer e a fantasia da vida. A fantasia do prazer nos faz crescer e adentrar nas entranhas da ilusão, ilusão que outrora nos angustiavam, hoje nos apaixona e nos faz rir de amor e desejos humanos.
Os sonhos do destino... 24/01/2008.
Hoje os sonhos do destino me atingem e os ventos da ilusão começam a soprar;
A minha alma se inspira nos sonhos que as almas dos que não vieram contemplar o horizonte sem fim. O horizonte parece desaparecer na imensidão dos meus olhos, eles se perdem no além com o soar dos ventos do destino. Destino cruel, tirano, infiel, que me faz rastejar nas trilas amargas da

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vida.
 Assim eu vivo os meus instantes existenciais, trilhando os sonhos e contemplando o destino traçado pelo pó da minha existência.
Minha existência, 24/02/08.
Existo porque o instante reina no meu peito e assola a minha razão. A existência me faz pensar em meus projetos e na tirania da vida. O instante me faz pensar nos mares do meu inconsciente presente e desconhecido, no iceberg do meu inconsciente estão presentes as marcas que trilhão a minha existência e mancha o meu destino.
Talvez uma existência perdida, esquecida, mas apesar de tudo, superada, pela vontade de ser, de poder e de vencer. Vontade de superar as mazelas de uma cultura rude e ultrapassada em que o saber não tem tanto valor.
4
Deus... 27/01/08.

Deus está além do bem e do mal, Deus é um ser transcendente, deus transcende a minha vontade, a minha razão, a minha fé. Deus persiste além da bíblia, é impossível um ser criador que se prende em páginas de papel, Deus é uma verdade que está além das verdades humanas.
Existem vários caminhos para encontrar Deus, caminhos que até a razão desconhece caminhos cristãos, budistas, espíritas, islâmicos e etc.
O caminho que conduz o homem á Deus é à força do bem, da paz, do amor e do perdão.
Deus é a força maior que move os corações dos homens, Deus é o princípio da compaixão que rege os sentimentos sublimes da nossa existência. Deus é o caminho da compreensão, compreender o outro é o caminho que conduz ao absoluto.

Se..., 28/01/08.
Se eu fosse você, eu nada diria sobre o nosso passado. Se eu fosse o destino eu teria desviado o nosso caminho. Se eu fosse o passado eu tiraria você do meu inconsciente. Se eu fosse à força suprema do universo eu levaria você para bem longe de mim.
Ainda sobre você, pergunto, se o nada existe porque procuro encontrar as marcas do destino. Será que o nada está além dos meus sentidos.
O nada resiste ao tempo, ao vento e ao mar. O mar é um abismo entre o meu ego e o nada. O abismo dos meus sonhos platônicos, o alicerce fantástico que a vida me deu.
Além do mar existem as nuvens, além das nuvens existem as estrelas, além das estrelas existem os meus sonhos, acima dos meus sonhos está o meu ego, apesar de ser forte, além do meu ego existe você.

Sou..., 02/02/08.

Eu sou a essência do bem, eu sou o princípio da vida além, eu sou a essência daqueles que não sonham, mas amam a vida. Eu sou o princípio dos planos, enganos e encontros. Sou mais que os desafios existenciais, estou acima das lacunas negativas da minha existência.
Sou um pouco do sucesso da vida, sou fruto do real existir, sou fruto da história, sou escravo dos caminhos que persistem a minha alma. Sou o sonho sonhado e não realizado, porém estou preparado para escalar as pedras e montanhas que a vida me deu.
Não tenho opção entre ser e não ser fui lançado no mundo e agora me resta viver os meus dias com fé e coragem. Nunca irei entrar para a história como um fracassado, mas talvez como alguém que lutou e enfrentou os desafios da vida.
Somos aquilo que nós mesmos construímos, somos sujeitos da nossa própria história. Sou humano, sou filósofo, sou pessoa, sou história.

Mãos..., 27/01/08.

Mãos que ajudam o semelhante a pensar, mãos que constroem idéias edificantes e conduz o homem ao transcendente.
Mãos que formam opiniões, mãos que constroem cabeças pensantes. Mãos que são capazes de mudar o mundo, as pessoas, a vida.
Mãos que promovem o bem, além do supremo amor humano, Mãos que refletem a minha essência, a minha existência. Mãos que conduz ao sonho, mãos que ampara as pessoas em dias sóbrios, mãos que ajudam a compreender mais que ser compreendido.
Mãos que amam, ensinam, mãos amigas que acolhem e aconselham, criticam, mas, apesar de todos estes contrastes são mãos presentes em nossa existência, mãos humanas, divina e demasiadamente humanas.

Metamorfose..., 04/02/08.

[N1] Comentário: O fracasso depende de cada pessoa, quando somos determinados e sabemos o que queremos o fracasso não encontra espaço em nossa existência.
[N2] Comentário: A filosofia nos dar o suporte suficiente para entender e interpretar a realidade da vida.
[N3] Comentário: História e filosofia são duas ciências que se casam mutuamente, ambas estudam o homem como tal.


O branco que era lindo como a neve se transformou em cinzas. As belas flores murcharam e restaram apenas os espinhos, os espinhos secaram e por sua vez se transformaram em dejetos retorcidos.
Os contos que eram de fadas, hoje são lendas do passado, os sonhos que davam asas á imaginação não existem mais, se foram. Tudo se transformou no ninguém esperava, sem esperar tudo ficou assim. Diante do muro me encontro distraído, contemplando o horizonte sem fim...
O real existe e está presente na vida de todos os homens e mulheres, jamais devemos fugir do mundo real, apesar de que muitas vezes necessitamos de reinventar as nossas fantasias inconscientes que melhor traduzem os nossos arquétipos antropológicos e existenciais.
Por mais que queiramos ser um imutáveis, não conseguimos, afinal o ser é uma metamorfose, nunca somos os mesmos de ontem, o homem é um ser em constante mutação, espero que mudemos para melhor.

A natureza... 04/02/08.

Eu vivo em paz com a natureza, durmo com o perfume das flores e desperto com o canto dos pássaros. A sincronia homem e natureza fazem à vida ser mais pacata e conseqüentemente mais feliz. Minha vida Aquino campo me traz encanto, sabor, alegria, o silêncio da vida faz ecoar raios de prosperidade no meu ego. Cidade cheira mal, a cidade é asfalto e sinônimo de stress e calor. Aglomeração me faz agonia e agitação, em meio à multidão me sinto sozinho, junto à natureza sinto uma grande harmonia, tenho a sensação de estar interligado ao todo.
O universo nos completa com sua harmonia cósmica, o barulho dos ventos traz tranqüilidade para a minha alma. O canto dos pássaros me conduz ao nirvana.
O nirvana da alma, a paz do espírito, a serenidade do ser. Aqui é o caminho para uma vida simples e serena. Às vezes não tão simples, assim, mas com surpresas o suficiente para nos causar um tédio insuportável.

Recriar... 25/06/08

A chuva cai, o vento sopra, as folhas caem tudo não passa de repetição. O mundo, a vida, o ser, nada muda, nada se cria, apenas existe. O vento sopra e recria a vida, a chuva cai e destroem as encostas, tudo está perdido como o espelho quebrado, quando olho não vejo a minha face, vejo apenas os estilhaços do teu rosto, por isso, tenho que recriar, afinal o instante só existe porque posso recriar o passado.
Recriar é fundamental para renovar as energias existenciais, projetar um novo viver, e querer dar um novo sentido a vida, nem tudo é estilhaços, nem tudo que enxergamos poderá ser considerado um caminho inexistente, afinal as verdades de hoje poderão tornar falácias em um breve e efêmero amanhã.

Canto... 25/06/08

Tem gente que canta para rezar, tem gente que reza e não encontra Deus, tem gente que chora, pula, cai, levanta procurando Deus.
O canto da vida, me faz encontrar o sagrado no mais intimo da minha sagrada existência, cantando, andando, pensando encontrei Deus em mim e em meus projetos.
Quero Deus materializado em mim, quando amo, quando rezo, quando faço o bem, vejo Deus em minhas entranhas. Quando eu rezar, reze junto comigo, quando eu cantar, cante junto comigo, quando eu cantar, cante junto ao além, quando amar, ame junto ao mar... O mar de Cazuza, Kassia Eller e Renato. Ame como Sidartha amou. Ame a poesia, ame a canção, ame a vida, ame o poeta, pois poetizar é viver...

“Inspirado na poesia de Cazuza”.

O mito...
O mito é um sonho, temível, o temível se torna horrível, o horrível se transforma em neve e a neve se derrete. O mito é imaginação, move a emoção, sangra o coração, desperta paixão, une o som imagem e ação.
O mito dos deuses, o sonho de Zeus, a inveja de era, a fúria de posseidon, desperta ensejo, arrepia o desejo de libertação do cárcere do mito, da alma.
O mito da vida, a lida arredia, a luta que arrepia, avança e lança ao mar. oh! Mitos da alma, mitos da vida que não vive, das lagrimas que não soltei, dos gritos que não soou, dos gemidos míticos daqueles que não falam.
O mito do amar, que conduz à ilusão da vida feliz, do amor perfeito que nunca irá se concretizar, o mito não se realizou, por isso, se projetou na referencia encontrada em sua frente. O mito perfeito o sonho perfeito, o perfeito é apenas um mito.
A solidão...
A solidão para alguns parece um pesadelo, para outros um rápido estado de espírito, para outros ainda, uma companheira inseparável, por isso é que escrevo: ó solidão de altas horas porque estais aqui? Ó neve sórdida porque me persegues? O que queres eu não tenho, tenho ouro e prata, tenho sonho e vida.
A solidão dos mares parece mais um dragão soltando fogo pelas ventas, a solidão das águas parece uma nuvem perdida na imensidão do Saara, a solidão do vento, tão frio, tão triste tão só. A solidão da neve fria e escorregadia parece um grande iceberg em alto mar. A solidão do vulcão furioso saltitando como um dragão furioso em sua jaula. A solidão das matas que tão só produzem apenas o húmus para as suas raízes. A solidão da vida, dos sonhos, dos homens e mulheres, tão cheios, tão frios, tão só.
9
Viagens da imaginação... 08-02-08.
O poeta viaja nos caminhos profundos da alma dando idéia de real aquilo que é apenas imaginação. O poeta adentra no túnel do tempo e recria o passado em tom de poesia. O poeta é um arquiteto do tempo e da imaginação.
O poeta faz a vida cantar, e a brisa dançar, no mundo da poesia as pedras se movem e as rosas choram de amor pelas vidas perdidas na história. No mundo da poesia, o sol se levanta e a lua se deita. Os pássaros expressam a sua dor impregnada na alma. O sol lança raios perfumados para saudar a sua deusa, a terra. A terra, apaixonada pelos seus viventes se encarrega de amamentar em seu seio todos os seres. Ó mãe terra, como uma virgem sedenta de desejo pelo seu amado se enfeita da cabeça aos pés para seduzir o seu amor e protegê-lo dos ensejos mundanos.
O poeta, encantado com a sua poesia, não percebe o desejo da sua virgem vestida de sol, brilhante como a lua e formosa como as estrelas, apesar da solidão, a virgem não abandona o poeta, afinal esta grande virgem é a imaginação do poeta voando ao léu.
Meu sitio, meu paraíso... 09/02/08.
Em frente a minha casa há um belo pé de caju, todos os dias, com alegria sento em minha rede e balançando olho para lá, para cá, olhando o horizonte sem. No vale do meu sitio degusto a beleza de um paraíso robusto, o canto dos pássaros me faz dormir, pensar, chorar, ah! Pássaros benditos. O silêncio da minha casa, o silêncio da minha vida, o silêncio do meu ego. O silencio dos meus planos, embora esquecidos, sem sitio, sem casa, sem planos.
Os planos passaram, os sonhos ficaram esquecidos, o silêncio não existe mais, os pássaros que outrora cantavam, agora não cantam, apenas dormem. O silêncio ainda existe, a tranqüilidade da minha alma, a beleza das arvores robustas remete-me a beleza da vida. O perfume das flores, tão lindas, tão vivas, tão cores, cores da vida, cores dos sonhos, cores amém. Ó belas cores do ego, ó perfumes da alma, ó cantos do meu inconsciente sagrado e belo. Assim é o mundo real, tão forte, tão efêmero, simples e complicado assim.
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Desilusão... 18/02/08.

A tristeza corrói a alma que se sente destruída, a ruína paira no horizonte e diante dos meus olhos, tudo passou, acabou não existe mais nada. O sonho se transformou em uma grande ilusão e nada mais existe, se não o destino tirano que mata, destrói e ilude. A maior dor do mundo é a dor da desilusão, quando estamos iludidos sonhamos com o mundo encantado de Cinderela, quando acordamos, pra a vida, a vida sonhada e cravada de desencantos. Hoje os raios da desilusão clareiam o meu caminho e a dor adentra minha alma, sonho e não realizo, quero e não consigo luto e pareço não ter vitória, o que me resta agora é só chorar, chorar e chorar. Não quero ser rico, apenas sonho em ser gente decente, que luta, trabalha e vence. Vencer as nuvens, a dor, o medo, o desprezo.
Gente que sente o desejo da luta das almas dignas de amar. Amo porque a vida existe e mesmo diante da tristeza profunda a alma almeja amar e vencer.
Gente... 18/02/08.
Gente que sente a vida soar como a brisa do vento, gente que voa nas asas da imaginação sonhando com a utopia da vida. Gente que ama a vida como ela é, gente que ama os seus semelhantes de forma incondicional.
Gente diabólica que planeja o mal e destrói a vida, gente invejosa que se incomoda com a vida dos outros. Gente amável que respeita, ama, ouve e nunca age antes de conhecer. Gente que faz projetos, gente que é médico do corpo e da alma.
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Daquilo que sei “inspirado no poema de Ivan Lins”. 19/02/08.
Dos meus sonhos estranhos não tive nenhuma certeza, dos meus desejos rejeitados nada me foi permitido, tudo foi esquecido. Agora nada foi proibido, a certeza esquecida, o impossível realizado, mas nem tudo foi concebido e entendido.
Olhei o proibido e analisei, olhei, toquei e passei a limpo. Esqueci o que estava proibido, assim, o proibido se tornou permitido e deixou de ser interessante. O que era bom passou a ser ridículo, horrível, moeda, lucro, capital, o desejo passou a ser um negócio sujo. Agora sei, usei os sentidos, analisei e pude fazer um juízo de valor, enfim, cheguei á uma conclusão, não desistir, investiguei. Ao invés de condenar busquei o entendimento empírico, por isso, agora entendo que nem tudo é um mar de rosas, nem tudo é perfeito.
Agora posso dizer que lutei, pensei e sei, contudo, me sinto um leão estúpido, sou uma raposa que brada nos prados do deserto, sinto-me cada vez mais limpo, daí não posso lavar as mãos.
Sou aquilo que sou... 25/02/08.
Sou a essência do ser encravada na vida, sou gota da chuva na terra árida e esquecida. Sou as lagrimas do vento impetuoso que jaz em alto mar, sou a história cravada nas cavernas da pré-história.
Sou o som das músicas esquecidas no mosteiro de Buda, sou as águas do rio Ghand que purifica o corpo e a alma.
Sou o cume da pirâmide onde sepultou o corpo de Tutancâmon, sou a luz dos deuses dos Faraós, sou um pouco de tudo, sou gente, sou pó, sou luz.
Luz que clareia as trevas, raios que penetram a relva, agora que sei que nada sei, só posso dizer que sou apenas a existência do acaso.
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Sou mortal, sou humano, sou finito, agora com minhas letras imortalizo para sempre as minhas idéias.
Pedras... 26/02/08. Pedras que encantam a vida e enaltecem os sonhos, pedras que assolam a vida e despertam os gemidos, pedras que provocam lembranças que o tempo roubou pedras que vislumbram os meus olhos e ofuscam a minha alma. Pedras que falam pelo silêncio dos inocentes que permanecem adormecidos, pedras que exalam o perfume das rosas e a seiva das acácias. Pedras que cantam ao som da trombeta do anjo beija-flor, pedras sólidas e verdejantes marcadas pelo sol e pelo tempo. Pedras que surgiram com o tempo e sumirá com o próprio tempo, o pó das pedras destroem a relva, a relva verde encanta o desencanto. O vento, a chuva, a argila são arquitetos que constroem e destroem ao longo do tempo sem fim.
Sou brasileiro... 26/02/08.
Sou brasileiro, sou gente, sou raça, sou branco, sou negro, sou índio e amarelo, sou raça que emerge na praça.
Sou forte, sou touro, sou raça, tenho história, no navio, no engenho, na mata, no poder e na escola. Sou brasileiro com S, por isso, não sou cabra da peste, sou nação forte, sou povo que trabalha, emigra e resiste o sol, a chuva, o tempo e o vento.
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Sou povo miscigenado, sou caboclo forte que rema a canoa em direção ao monte, em busca de ouro, de terra e paz.
Sou cabra forte que resiste o sol do nordeste, que domina o jumento e o bode e adentra a caatinga buscando a aventura da sorte.
Sou gente de fé que navega o São Francisco, que reza ao Bom Jesus e ao meu Padim ciço, é gente forte que trabalha a sorte e sonha o amanhã, sou guerreiro robusto e garanto o que falo, seja na terra, no céu ou no mar. No samba, no forró ou no carnaval somos Brasil, somos nação, somos nordeste.
Olhos.... 27/02/08.
Olhos que penetram o ser e cortejam a alma, olhos que parecem à fúria das galáxias celestiais.
Olhos que vigiam o mundo, olhos que encantam a vida e que despertam sonhos. Olhos famintos que devoram os sentidos e dilaceram a alma.
Almas que contem olhos sedentos e sedosos, olhos que almejam o mar, o céu, o horizonte sem fim. Olhos que contemplam a terra, olhos que condenam a guerra e promovem a paz. Olhos que vêem e avalia a vida, olhos que planejam o futuro dos homens, o futuro incerto que nem mesmo os homens têm a dimensão do fim. O fim? Não sei, o fim parece não existir, existem apenas projetos de uma vida sem rumo, sem direção.
O fim do ser é uma das certezas que temos, mas afinal, qual é o fim ultimo do homem? Será o homem um ser para a morte? Talvez seja este o caminho mais seguro e invicto que temos, portanto, esta certeza angustia e inquieta a espécie mais racional do planeta. Apenas os olhos da vida, do mundo poderão dar respostas.
Sei... 28/02/08.
Sei que a vida é uma caixinha de surpresas, e o mundo um eterno devir. Sei que o sucesso dar lucros e o anonimato apenas o eterno silêncio. Também sei que o dinheiro não traz felicidade, afinal, a felicidade é apenas fruto das nossas vivências.
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Sei que a beleza física não é tudo e o prazer apenas um instante efêmero da nossa existência, será o prazer é apenas uma projeção daquilo que desejamos? Ou apenas uma negação do tédio que nos encontramos. Sei que a vida passa e os anos vêem como um relâmpago.
Sei que na vida nem todos tem as mesmas oportunidades, às vezes o sol não brilha para todos, o sol brilha, mas nem todos enxergam os seus raios.
Sei que ainda existo e por isso luto até o fim, a calma e a serenidade devem ser meus parceiros incontestáveis. Sei que o péssimo, o ridículo e o trágico às vezes nos perseguem, mas no final seremos todos vencedores, sei que vivo em memória do ser, talvez pela força da minha razão.
Poeiras... 29/02/08.
Poeiras que acumulam ao vento e assolam os barcos em alto mar, poeiras que assustam os caminhos e assombram as veredas escuras dos vales sombrios. Poeiras eternas, vermelhas e escuras que ofuscam os sonhos da vida. Poeiras que são exaladas pelo poder que a vida nos dar.
O dom de pensar espanta a poeira que tenta algemar a liberdade do homem, liberdade que brada nos caminhos da imensidão, imensidão que devastam as telhas da imaginação, imagem de poeira que vislumbram os meus olhos e encantam os sonhos humanos.
Poeiras do amor, que assusta o desejo adormecido do ego, desejos empoeirados pelos tabus e que acabam esquecidos no iceberg da existência.
Preciso falar e gritar até o mundo inteiro ouvir quero criar asas e voar até os extremos do além, o além me espera e aguarda o desabafo das minhas angústias empoeiradas.
Desejos... 14/08/07.
Desejos amados, sonhados, apalpados, traídos e esquecidos. Desejo ardente que queima a alma da gente e deixa a dor latente. Vivos e amados, ora odiados, às vezes simples, às vezes tão complicados, sempre desejos, desejos que me fez sorrir, desejos que me fez chorar, pular, desacreditar.
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Desejos traídos pela vida, pelo destino tirano e maldito, desejos que não me deram ensejos, amor, carinho, desejos que me trouxe decepção. Oh! Desejo maldito, eu te ordeno que jamais irá me dominar, apesar de ser sempre desejo.
Os nossos desejos nada mais é do que os nossos planos e projetos que tanto desejamos, assim, se não formos seres que almejam, sonham, desejam e persistem não seremos humanos, perderemos a nossa essência existencial de sermos gente, ora muito frágil, ora muito forte....
Amigos... 15/08/07.
Amigos amados, traídos, esquecidos, amigos inestimáveis, no entanto sempre amigos, amigos do peito, amigos selvagens, amigos além que vence o aquém do tempo esgotado.
O tempo me fez amigo de tudo e todos. O tempo que é tão amado, amor recalcado, traído, esquecido, mas sempre será o tempo fazendo amigos. Amigos do ser, do ter, dos sonhos, sonhos tão medonhos que nem parecem sonhos.
Amigos imanentes, transcendentes, amigos crentes, amigos ateus, o mundo maldito, embora bendito, embora amigo. O tempo realmente faz do homem amigo de si mesmo, mesmo lutando contra os nossos egos, somos amantes e amigos de nós mesmos.
Somente o tempo tem o poder de nos fazer: amados, traídos, esquecidos, somente o tempo poderá fazer da realidade uma mera imaginação do espaço e do tempo.
Corpos... 15/08/07.
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Corpos belos, bonitos, amados, sarados. Corpos ardentes, atraentes que penetram as chamas da alma, corpos ausentes, presentes, odiados, detestados, mas sempre corpos. Corpos que exibem calor, odor, paixão, sedução, corpos divinos, santos e profanos, sagrados e mundanos.
Corpos felizes, alegres, atraentes, presentes e ausentes que me faz chorar de saudades, chorar de desejo, de dor, excitação, paixão, corpos atléticos, vivos e expostos que atraem iguais e opostos e serão sempre corpos, belos, amados e traídos.
Os corpos se classificam em muitas categorias, portanto até os corpos celestes poderam se voltar contra o planeta terra e conceder a humanidade um novo caminho, quem sabe encontrar uma nova galáxia, um novo planeta onde tenham novas e evoluídas formas de se viver. Ainda assim, terão muitos corpos em constante evolução.
Mundo... 17/10/07.
Mundo de sonhos, estranhos e medonhos, mundo selvagem e maldito, mundo finito. Mundos meus e teus sonhos perdidos, outrora escondidos em meio à mata, ou a beira do rio, escondido entre as folhas em volto à brisa singela; encontrei o mundo, o sonho, encontrei a essência do tudo e do nada.
O mundo que parecia perdido e esquecido, um pouco distante e obscuro que custou a mim algum sacrifício para estar ao seu lado morrendo de prazer, tocando o seu corpo tão atraente, tão viril e jovem, um corpo sonhado e perfumado que se entrega ao prazer aventuroso e aos interesses materiais da vida, do ser e do mundo.
Este é o nosso planeta que mais parece um jovem sedento por sua amada e querendo atenção da vida e de tudo.
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Desapegos... 11/12/07.
No mundo dos apegos profanos me encontrei caído, no lago dos meus sonhos perdidos encontrei o caminho. O belo caminho dos planos e da fuga dos apegos que outrora foram planos e sonhos.
Sonhos meus, sonhos teus, sonhos que me fizeram amar, sonhar, chorar, sonhos que me forçou a fugir do meu eu, do meu mundo, do tudo, do nada.
O nada tão medonho, estranho e terror, o nada que nunca irei entender um nada que faz sofrer. O nada que me faz fluir o desapego da vida, do tudo, do ser e até da minha existência.
Essência... 12/12/07.
Sou o que sou, sou apenas a essência irônica da minha existência maldita e sonhada. Sou o fruto da essência passada, sou o mito do além, sou o destino perdido e marcado. Sou a historia que não foi escrita, sou a jornada que não foi cumprida, sou a força do além distraída, sou a pedra que caiu do monte abalado por forte tornado. Sou um pouco do caminho trilhado, ora por destinos ignorados. Sou o pó das estradas que caminha ao léu da jornada, sou a essência esquecida, sou a cara do nada. Sou aquilo que sou.
Somos projetos da vida real que nos direciona pra tanto caminhos e degredos que as vezes nos assustam, a essência do homem é aquilo que o próprio acredita e projeta ser, assim, é impossível não ser nada na vida, ainda se você for uma mendigo, será um desgraçado, contudo será alguma coisa, todavia, o ser humano veio ao mundo pra brilhar e ter sucesso, para as coisas darem certo, basta planejar e acreditar que a essência se faz verbo e vida.
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O passado... 14/12/07.
O passado sonhado, amado, esquecido. O passado dos meus erros e apegos. Os planos são passados, agora sonho com novos planos que parecem florescer no caminho das pedras, as pedras cravadas com a tirania dos meus estranhos planos que parecem mais com a nau dos barcos a vela naufragando nos desejos desencantados. No pranto, no sonho, no de canto, um passado sutil que apenas recordo, reflito, acredito no que sou, sou passado, presente, futuro, sou historia, sou plano, sou pedra, sou um sonho passado.
Ficou no passado... 20/01/08.
Os amores, as dores passaram, há coisas que é melhor ficar sepultada no passado da nossa existência. Os fatos, as pessoas marcam a nossa vida. Às vezes a vida nos abala tanto que nos faz chorar, de saudades, de dor, de angustia. A angustia de sentir traído ou esquecido. São muitos os que usam os meios sujos para conquistar sucesso e fama, para tirar proveito dos menos maliciosos. São muitos os que fingem de amigos para usurpar a consciência traída dos bons homens de farta vontade.
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Ironia ... 20/01/08.
Somos a essência que está acima do bem e do mal, somos os sonhos esquecidos pelos que nunca sonharam, somos a essência do desejo eterno do ser. Somos os planos sonhados, somos a essência perdida, pelos que fracassaram nos trilhos da história. Somos a ironia do destino esquecido por Zeus no monte Olimpio. Somos a ira da deusa era, somos os filhos de Dionísio, embriagados na essência da vinícola dos prazeres do mundo. Somos vitimas punidas pela tempestade lançada por Posseidon.
Projetos... 24/06/07.
Meus planos, projetos, afetos inertes. Caminhos por onde fui, por onde andei, amei, cansei. Minhas incertezas tornaram certezas, minhas fraquezas tornaram riquezas. Riquezas da vida, da alma amada, amparada. Amparando o vento e o tempo se tornou o alento. O alento dos meus projetos que antes pareciam incertos. Ah projetos que nascem que morrem que vão para longe e
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mandam outros que emanam como água do fundo do coração. Projetos que são claros, que são meus, tão meus que a ironia do tempo não arracará.
Amor... 25/06/07.
Ter um amor é ter um tesouro, amando, amando do amor encontro você, cheio de vida, de beleza, de excitação. Excitação que emana do meu ego e transpassa a sua alma, unindo ao seu corpo moreno, amante, suado e safado. Você entrou no meu quarto, tirou a sua roupa e me provocou com este corpo, sexy e bonito. Seus olhos, seus pelos, seu corpo robusto e atraente me faz doente de amor por você. Você, você, apenas você, amor, apenas amor.
Sonhos... 27/08/08.
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Sonhos que passaram em um instante desconhecido, sonhos que um dia havia esquecido sonhos de amor, de paixão e de sedução.
Sonhei, mas não encontrei o destino, perdir o pique, mas não desistir de sonhar, afinal o sonho faz parte da minha utopia existencial.
Sonhos de poder, sonhos de amar, sonhos que um dia foi odiado, perdido, encontrado.
Sonhar é o lema dos poetas, por isso é que sonho, afinal a poesia existe, o mundo existe, o tudo, o nada, o além existe em meu ser.
Diante do trono do nada encontrei minhas dúvidas, as dúvidas cessaram, a poeira passou e o sonho ainda existe.
Agora que tenho a nítida certeza que o sonho existe, quero apenas incrementar aos meus planos a minha odisséia celestial, afinal o sonho existe.
Sonhei com o poder, sonhei com o sucesso, sonhei em ser um divino, mas perdir o poder, o sucesso não veio e a minha divindade pereceu na batalha contra Aquiles.
Sonhei com o fim do mundo, porem não aconteceu, sonhei ser Rei, mas a minha tão sonhada majestade fracassou, o fracasso meu Deus, não era dor nem tristeza, era apenas as minhas duvidas persistentes em minha existência.
Existo para sonhar e refletir em lugar dos míseros cérebros insanos e perdidos, por isso é que ainda sou um poeta.
A poesia é o paraíso dos sonhadores, o palácio dos doutores, a dádiva do criador, a poesia me leva ao nirvana dos budistas, ao céu dos cristãos e ao harém dos árabes, por isso é que sonho e vejo a lua deitada no céu tentando sonhar beijando o sol, tudo isso é possível porque a poesia existe, este é o eterno mundo dos poetas. Ainda que morram, ainda que sofra, a poesia será a boca dos mudos, os olhos dos cegos e ou ouvidos dos eternos e imortais poetas.
Viver... 12/03/08
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Viver é apreciar cada instante da vida, é estar aberto aos caminhos novos.
A vida é bela quando apreciada, viver é o caminho para conquistar a felicidade; somos os únicos seres que almejam ser felizes e conseguiremos tal felicidade, e assim, degustaremos a nossa humanidade.
A vida parece um oceano pronto para ser navegado, navegando na vida descobriremos os segredos d nossa existência. Deixo a vida me levar quando não posso levá-la comigo
Trono... 16/03/08
Ao trono do amor vejo apenas o desejo, o desejo ardente. Ao tocar o sino, sinto apenas o grito dos badalos, no passar do tempo esqueço o passado;
No passado sepultei os meus erros e no futuro aplicarei os meus acertos. Se um dia eu sonhar contigo, sonharei com você aos meus pés. No trono dos sonhos existem apenas duas coisas, os mitos do desejo, e as incertezas do meu inconsciente.
No altar das incertezas restaram apenas as dúvidas do passado.
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Inconsequente ... 17/03/08
Sonhos que um dia se realizaram, sonhos que sonhei; sonhos de paixão, sonhos de neve, sonhos de poeira vermelha do meu sertão.
Sonhos de adentrar o mar e desvendar os mistérios do além. Sonhos que edificam as cascatas das cachoeiras do deserto; sonhos que sonhei, porém nunca realizei, planos que se transformaram em sonhos, sonhos que não existem mais; existem sonhos e fatos que não merecem ficar no presente é melhor ficar no passado.
Morte... 17/03/08
A certeza das minhas incertezas, o caminho inevitável dos homens. Talvez por ser uma certeza infalível é que angustia tanto os humanos. O destino secreto de todos os viventes, o caminho dos ricos e dos miseráveis; quem são os poderosos diante da poderosa e perpetua morte, ainda que tirana ou insana.
Morrer para as nossas tristezas é viver para a vida bela e adormecida, é também a vontade de buscar o além que estar diante dos meus vis olhos arregalados.
Muitas vezes somos obrigados morrer para nos mesmos, outrora moremos para os outros, um dia a morte dos sonhos, dos projetos e planos, sempre nasce ou morre algo em nossa existência, as nossas frustrações às vezes são traduzidas como morte existencial.
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Quando não tenho projetos que possam guiar ao caminho da existência real, a morte poderá atacar e nos tirar o brilho da essência dos sonhos.
Caneta... 17/03/08
Pego nesta caneta para eternizar em sonetos os meus eternos versos coloridos; não sou escritor, não sou pintor, talvez apenas um solitário poeta.
Poetas das noites escuras, das negras estrelas que preenchem as lacunas da minha caneta. Caneta de sonhos, canetas da alma, canetas que inundam o meu ser, de desejos e de poesia.
Caneta milagrosa, caneta que indica o caminho e o destino dos eternos poetas, poetas alegres e contentes livres para sonhar e pintar o além mar... Poetas que escrevem e descrevem a história de nossa linda Alcobaça, poetas que não deixam apagar a memória dos negros que fizeram a nossa história.
Poetas que narram o romance de Maria Tapioca que foi comprada pelo seu senhor por um saco de farinha, dai o seu nome. Poetas que registram a história das antigas fazendas como Nova Jerusalém e Cascata.
Poetas que relatam o memorial da cultura negra que está em ruinas próximo ao Canta Galo, as margens do rio Itanhém.. Memorial que está escondido e precisa ser reaberto ao mundo, é a história da cultura africana aqui nas terras de Alcobaça.
Depois da tempestade... 22/03/08
Depois da tempestade vem à calmaria, depois da chuva vem à seca; depois dos pesadelos aparece a tempestade tranqüilizada.
Após as duvidas ressurgem a certeza de que somos humanos. Com o despertar da verdade, eternizamos os sonhos daqueles que se foram.
Quando os ventos sopram, nascem junto à brisa às raízes do depois, o novo sempre aparece depois do tudo, do nada, dos sonhos.
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Palavras... 22/03/ 08
Palavras que sonham e se ajuntam às asas das borboletas; palavras coloridas que enfeitam o horizonte, palavras do silêncio que emanam do meu ego.
Palavras que não são iguais, palavras que são quentes e despertam a alma da gente. Palavras de amor, que sacia a dor e desperta alma da gente.
Palavras vazias e insensatas que outrora foram caladas. Palavras que gritam que bradão os clamores dos que são injustiçados. Palavras que se perdem nos jornais abandonados, abandonos que se tornam cães pátria, sem terra, sem donos.
Palavras adormecidas nas margens das avenidas; brados que são palavras, gritos os quais são transformados em clamores dos inocentes.
“Navegar é preciso, inspirado no poema de Fernando Pessoa” 22/03/08
Precisamos navegar em outros mares que existem além do mar, precisamos descobrir o caminho da eterna felicidade.
Navegar talvez em sonhos eternos e morenos infernos. Desvendar os mistérios que embelezam as pétalas das rosas e eternizam os perfumes das flores. Navegar é preciso, explorar os pobres não é preciso, adentrar nos mistérios da globalização para ver se existem sentimentos, coração, isto sim, é preciso.
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Poremos abaixo as cadeias do egoísmo onde residem as raízes dos malefícios. Males que afetam a humanidade, que tiram à paz e não deixa saudades. Sociedade secreta, sociedade sem pátria gentil, mundo desigual, onde se mata de fome e frio. Homens insanos que destroem em nome do progresso obtendo sucesso em nome de poucos.
Este é o mundo dos loucos onde o espaço, a vida, o mundo são propriedades de poucos, por isso, que navegar é preciso.
Sementes... 23/03/08
É preciso semear as sementes do amanhã, pois somente assim, seremos eternos; As sementes eternizam a vida, a vida traz surpresas e as surpresas passam como a neve dos invernos gelados;
Semear é esperar o amanhã ressurgir como o leviatã que sai com poder e gloria das cinzas;
Semear é nunca desistir da vida e não esquecer que amahã será sempre um novo dia. Pensar que apesar de existir o negativo, a força do bem sempre ressoa; ó gloria do bom humor, ó pensamentos bons;
Quando creio em meus sonhos e planos, estou semeando um futuro mar de amor; amor pela vida e pelas rosas, e despindo os sonhos das leves camisas que cobrem corpos morenos que os poucos vão se despindo e tudo parece azul, tudo parece rosa...
A lua me disse... 06/04/08
A lua me disse que nem tudo nos traz certezas; a lua me falou que o passado estar adormecido em leves nuvens.
A lua exclamou, mas não disse a verdade, esqueceu o seu papel de mãe que ilumina as entranhas dos teus filhos.
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O belo satélite me confundiu, quando dissera que a verdade é um eterno devir; pobre homem, que acreditava na verdade que está ai, na verdade dos ventos, dos fortes na sacra verdade.
Estou enfurecido, preciso essa tal verdade fixada pelo sistema, verdade de Deus. A insistência da lua adentrou as entranhas da minha existência razão e iluminando a minha alma fez-me pensar além do pensamento.
As luzes da razão provocaram o meu ego, e então me coloquei de pé e agora só posso pensar que jamais direi que conheço a verdade, e diante da minha extrema ignorância afirmo que “sei que nada sei”.
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Em nome de Deus... 04/04/08
Em nome de Deus criaram verdades, em nome de deus criaram os seus preceitos; diante do sagrado preceito consolidaram-se os dogmas do preconceito.
Preconceitos que mata em nome de um deus todo poderoso, preconceitos edificados na máxima do “pode ou não pode”. Em nome de Deus excluem as pessoas, caluniam e desprezam. Na crença de tais verdades deixam de falar, ouvir e entender esquece de amar.
Por causa de Deus se fizeram guerras, por falta de Deus fizeram as armas. Em nome de deus cultivaram uma ética do preconceito e da discriminação, em nome de tudo isso vive a sociedade suja e dissimulada, e Deus lá de cima e eu cá de baixo nos sentimos cada vez mais limpos e jamais poderemos lavar as mãos.
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Transcendência... 06/04/08
A transcendência me faz ressucitar das sórdidas desilusões do destino. Ela me dá a certeza de que sou um ser que constrói e que posso mudar o meu ego.
O devir das minhas idéias me fará ressuscitar do passado sombrio; ao existir comecei a minha história. Por isso, é isso que sou e sei, existo e faço o instante existir.
Primeiro existo para depois me transformar em gente com história, passado, presente e futuro; a existência precede a essência, sou fruto da vida e da história, sou sujeito do meu próprio caminho, da cultura.
Sou aquilo que sou, sou transcendência e imanência, sou logos, sou vida, sou história, sou um degustador da minha própria essência, às vezes doce, ora amarga. O tempo nos trouxe para um novo amanhecer e no despertar da ourora, vejo apenas o futuro dos meus planos racionais.
A razão me faz transcender os meus limites sacanas e mundanos e adentrar no mundo da história culta. Transcender é viver, viver é crescer e aprender com os desafios da vida, viver é ser mais que os seres medíocres de São José de Alcobaça.
Sofro o instante... 13/ 04/08
Sofro porque o instante existe, a tristeza assola o meu ego, e as lagrimas banham o meu rosto. A dor da alma persiste e aprofunda em uma nórdica decisão do futuro que está por vir;
Estou tentando encontrar o motivo desta tristeza sem fim, e tenho certeza que o motivo de tudo é você, o seu descaso, o faz de conta, o deixa pra amanhã me irrita, encontrando diante de mim uma profunda tristeza;
Sozinho agora estou, triste agora estou, apenas respiro as poeiras da minha miséria existencial. Estou fugindo de tudo, do mundo, das pessoas, fugindo das minhas paixões carnais, que me faz apegar o extremo, sofrer ao extremo, chorar, viver aventura ao extremo;
Encontro diante dos extremos sem fim, tudo parece frio, branco com neve;
Tire as suas mão de mim, se pensas que pertenço a você, se achas que sou um escravo do seu prazer, da sua pele quente, morena e vulgar, esta enganado, não sou escravo de ninguém, por isso é que sofro, pois não aceito tudo;
Quem diria se eu pudesse dizer, “é só você que me entende do inicio ao fim”.
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Caminhos... 27/04/08.
Nossos caminhos são tão distantes e separados e é impossível de ajuntá-los; prefiro seguir no eterno silencio da minha alma e esquecer o passado, esquecer os desejos, esquecer você;
Nossos caminhos que parecem cruzados, no entanto, são separados, talvez você não deseje isso, mas de tal modo você é forçado a ficar distante de mim; neste triangulo amoroso alguém sai perdendo e simplesmente porque eu gosto de você é que abro mão dessa relação que não me agrada, afinal estou sempre no segundo plano.
Espero que esta paixão obsessiva que te sufoca lhe faça feliz, quanto a mim permanecerei no meu eterno silencio da minha ama, seja feliz, seja você.
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Irracional... 28/04/08
Sofro porque esqueci que a razão existe, esqueci de pensar, deixei a paixão me conduzir e por isso estou aqui sem você, sofrendo e sofrendo;
Parece que procurei o sofrimento, tentei te abandonar, tentei te humilhar e acabei sofrendo por amor, eu sei que eu não consigo fugir de você, por isso eu fico em teus braços, afinal eu não consigo ir à luta;
Mesmo com tantas discurssões é você que me entende do inicio ao fim e faz aquietar os meus desejos sacanas;
Você é meu inferno moreno que me irrita, que me seduz e me deixa furioso, mas no final de tudo somos dominados pelo desejo e unimos os copos quentes e selvagens e nos esbaldamos de prazer; eu vou consertar os meus erros, vou perdoar os teus e vamos começar tudo d novo.
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Se eu morresse amanhã... 22/05/08.
Se eu morresse amanhã, talvez a tristeza não inquietasse a minha alma; os tormentos de então seria passado, e as lágrimas do amanhã não existiriam mais;
Se eu desistisse do amanhã, ficariam apenas as marcas do meu ego em sua existência. Se o futuro sucumbir a minha existência, você será a causa primeira da minha desgraça;
Se eu morrer amanhã, não precisarei mais dos seus carinhos privados, do seu afeto afagado, do seu amor sacana. Chegando o fim da minha existência, não haverá necessidade de ouvir as suas falsas promessas;
Promessas de amor, de fidelidade, de carinho e atenção, fugi de vós será o caminho alternativo oposto a morte, fugindo dos teus abraços, do seu cansaço, serei eterno e complacente com a minha alma, vivendo apenas os meus planos e eternos sonhos;
Sonhos e promessas expressando os meus sagrados projetos, que me motivam viver estrinchando a minha essência.
“Inspirado no poema de Gonçalves Dias”.
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Serenidade... 22/05/08.
Ser sereno perece tão difícil, a tranqüilidade da alma reflete o estado do corpo, a alma tranqüila leva o homem ao caminho do sumo bem. O bem da alma eleva o homem ao estado de sanidade mental, hoje, sou apenas o que eu vivo no momento, agora, estou só, apenas pensando em minha existência, tentando me arrepender dos meus erros ou ao menos tentar consertá-los;
Sou 33 anos de história, de essência e existência, agora, estou diante de mim, analisando aquilo que a história fez da minha persona, sou só, sou gente, sou pó, restou apenas à tirania da vida, às vezes nossa existência nos desafia, nos desampara;
A vida sempre foi dura comigo, desde criança sonhei com a vida acadêmica, porem, somente aos 26 anos eu consegui ingressar em uma Faculdade de Filosofia, quatro anos mais tarde me formei, hoje sou bacharel, e graduando em História, a única coisa que tenho como presente de aniversario é dividas pra pagar, insatisfação com a vida e esperanças de dias melhores.
Sou história... 22/05/08
Sou um pouco de tudo, fui ao topo das grandes ilusões, encontrei grandes amores, terrores, paixões e encontrei quase tudo, faltaram apenas as minhas incertezas, outrora negada;
Sou escravo do tempo, não sou mais aquele jovem de outrora, não tenho mais tanta beleza, talvez apenas tranqüilidade, alguns fios de cabelos brancos expressam o envelhecimento das células;
Sou critica, às vezes sou elogio, momentos de gloria, de êxtase, alegria às vezes, momentos de trevas, luz, choro... Tudo isso foi à vida que me concedeu, me fez assim;
Sou projeto de vida pacata, divertida, sem graça, sou plano, sou indecisão, ora tenho paz, ora tenho guerra, às vezes me jogo no caos, outrora almejo a ordem das coisas;
Estou aqui e não desisto nunca, nem do tudo, nem do nada, sou apenas um escravo humano, vivendo as mazelas do destino, cruel e maldito. Parabéns por mais um ano de vida Nilson, resta apenas esperar por alguns sonhos em mais um ano.
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Prados ... 23/05/08
Meu caminho trilhado nas entranhas da vida, um caminho de buscas e de descobertas, uma vida tão sonhada, tão planejada e pouco realizada;
Às vezes caminhos que desencontram que se perdem na imensidão da escuridão, caminhos perversos e mundanos que parecem mais uma forca;
A vida é assim, triste e cheia de sonhos, sonhos e decepção, caminhos que parecem feliddade, porém é uma felicidade ingênua e vulgar, jamais seremos felizes comprando o tempo e a atenção de alguém;
Serei um eterno desgraçado, um eterno infeliz, se eu não mudar a minha forma de ser e agir. Preciso pensar e tomar uma atitude, talvez não seja a mais feliz, mas será a mais sensata;
Tomar uma decisão provoca angustia, mas às vezes é preciso ser forte o suficiente para tomar decisões autênticas em nossas vidas. Uma vida sem busca, sem objetivos, sem metas, não pode ser digna de ser vivida;
Creio que será um dia difícil para mim, hoje é um dia de uma decisão que irá marcar a minha vida para sempre, a partir de hoje um novo caminho irá trilhar a minha existência?
A chuva... 02/06/08
O barulho da chuva parece estrondar os meus ouvidos, a magia do ar frio se espande e penetra a minha alma; o som da água batendo no chão remete-me ao som de uma bela orquestra, ao som da orquestra eu canto o meu pranto, sombrio e tardio que parece sonhar.
Sonhos que voam ao léo sem destino, e ao som do mar; navega noutras águas nunca dantes navegado;
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Assim... 02/06/08
Assim é que chegou ao fim do nosso romance, um ano de relação, um pouco fria e sombria, um ano de laços e interesses, os meus e os teus entrelaçados; sonhamos, amamos, abusamos da fantasia e do prazer, parecia que seriamos eternos, apesar de sempre acreditar que o pra sempre, sempre acaba;
Assim foi o nosso amor, até projetar morar na mesma rua agente projetou agora não nos conhecemos, nem mesmo os endereços têm, vai pro inferno com todo o seu desejo ardente e atraente, siga o seu caminho e seja feliz.
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Agora... 31/05/08
Dos meus estranhos sonhos nada foi realizado, tudo foi esquecido, tudo foi modificado e agora nada está esclarecido; as minhas estranhas manias parecem concretas, agora o que era concreto, parece abstrato e obscuro, nada parece racional;
Sonhei com os mais sagrados desejos, busquei no intimo do meu ego saciar os seus ensejos tão insanos, apesar de tudo nada consegui, perdi tudo, perdi os sonhos, os planos, perdi o rumo da vida;
Por mais sombrio que seja o presente a vida precisa continuar, por mais que sejam doloridos, os sonhos estão de pé, avante à vida, avante os planos;
Do nada tirei os seus e os meus sonhos, os nossos desejos parecem intermináveis, apesar de saber que nada é eterno, pensei que agente era feliz;
Hoje sou forçado deixar tudo de lado, você, os meus apegos, desejos e paixões, agora que virei a pagina da nossa relação, só me resta aproximar-me do belo e irresistível horizonte sem fim, e esquecer o nada, o resto fica por conta da imaginação, da emoção, do destino e da vida.
Sou... 24/06/08
Sou o que sou uma essência do devir, sou a existência sem essência descrita. Sou a certeza da vida, sou o ímpeto do bem, sou o reflexo da razão pensada e escrita nas estradas da vida. Sou a tristeza da minha existência, a angustia do ser latente, sou nada, sou tristeza perdida, sou as cinzas do passado lançada em alto mar.
Sou a decepção dos planos caídos, dos sonhos perdidos, da certeza perdida. Minha tristeza é tão exata, é tão presente, é tão vivida que não posso fugir apenas viver os instantes da minha sangrenta existência.a
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Preciso... 24/06/08.
Preciso entender o passado nunca dantes entendido; preciso ler o segredo que outrora fora escondido; preciso descobrir o caminho que não foi percorrido, preciso recordar o romance que foi esquecido;
Preciso apurar a essência do nada, encontrar o pó da estrada, desvendar o amor esquecido; preciso transformar os meus erros em acertos, as minhas duvidas em certezas perenes; preciso transformar as minhas paixões em dores do além.
Pergunto ao meu ego o porquê das dores da minha existência; preciso escutar o meu sexto sentido e entender as dores da vida; preciso resgatar a memória esquecida, a essência perdida, o retrato rasgado;
Preciso fugir da guerra e da paz, preciso esquecer as mazelas da vida, terei que esquecer o inferno moreno que tanto me excita.
Agora que sei da fuga do meu ser, preciso apenas recordar tudo aquilo que sou que fui e que serei, preciso viver, amar e sonhar.
Sou eu... 25/06/08
Eu sou a luz que ilumina as trevas, eu sou o principio do bem e do mal, eu sou aquele que é, sou também o devir do amanhã.
Eu sou a paz que ilumina a minha alma, eu sou a luz que irradia a minha razão, a razão dos meus erros, a razão dos meus desejos e sentimentos banais.
Eu sou o milagre da vida, eu sou a essência do bem, eu sou a angustia eterna que assola o meu ser.
Eu sou os planos desertos, o sucesso incerto, o passado perdido, eu sou a luz do luar, a flor do amor, a essência do nada.
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Palavra divina... 25/06/08
Meus pensamentos divinos, minhas idéias reais, as fantasias fatais expressam a divindade do homem.
O homem é divino porque eterniza dentro de si o poder do bem, pela palavra e pela virtude o homem passa a ser divino, tudo é divino; meu corpo, meus risos, minhas intuições, meu desejo selvagem por copos viris e morenos, tudo isso expressa a minha divindade.
Meu princípio de amor, meu instinto de compaixão, expressa o poder divino que existe em mim.
A fantasia cria o real a partir da imaginação, Deus é a imaginação do homem, é a força criadora do homem, tudo que é bom e é aceito pela maioria se tornam divino, por isso, minhas ternas palavras são divinas.
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Pensar... 05/07/08.
Pensar é refletir a realidade e ao menos tentar transformá-la. Quando pensamos o presente agente reconstrói o passado, fazendo reminiscência das idéias e às vezes consertando os erros de outrora.
Pensar é também reviver o passado, o passado esquecido e desalmado; pensar é criticar a realidade, não concordando com a cultura hipócrita em que vivemos.
Pensar é não cultivar a nefastidão do preconceito, sustentado por uma sociedade suja, hipócrita e dissimulada. Pensar é transcender tudo que há de negativo e acreditar que apesar de tudo, o sol existe.
Amanhã... 05/05/08.
A vida brota como a água da fonte, a juventude floresce como se fosse o amanhã. Se o amanhã não existisse, a vida não continuaria assim, os bons ventos não continuariam assim.
Amanhã, quem sabe, será como a neve que chega ao deitar da noite e foge ao levantar; o amanha será incerto, duvidoso e tenebroso; os meus projetos e sonhos não pertencem a mim, pertencem ao amanhã; e o amanhã pertence ao devir;
O devir dos meus sonhos, o desejo do ser, ter e viver pertencem ao amanhã; o vir-a-ser dos meus planos lindos e excitantes que outrora pareciam impossíveis se tornou a realidade porque o amanhã existe.
No ímpeto dos meus desejos e na sacanagem dos planos, não desistir, apenas pensei, pois tudo pertence ao amanhã; aos pés dos meus planos, não desistir, diante das desgraças da vida coloco o meu pranto e no altar narcísico depósito os meus sonhos.
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Se eu viver amanhã... 06/07/08.
Se eu viver amanhã serei como as borboletas que voam sem eira nem beira, se o amanhã existir com certeza os meus sonhos tornaram realidade; as utopias deixaram à ilha e os meus ressentimentos serão depositados na ilha de Itaca.
Vivendo o amanhã saberei os segredos de Zeus, irei desvendar o mistério do monte Olímpo, vou tirar a máscara do segredo de drácula.
Que beleza será o amanhã, serei idolatrado por Atena, a deusa da razão, serei eternizado com meu belo e másculo corpo, superior a Hercules, o filho de Zeus.
O amanhã será uma surpresa, serei surpreendido com a beleza e o encanto de narciso, serei maior do que Zeus e terei a força de Ares.
Serei eterno, pois vou roubar os mistérios de cronoss e eternizar a minha alma; deixarei a minha biografia escrita nas chamas da alma que serão fontes do amor entre Helena e Pares, tudo isso será possível, se eu viver amanhã.
Realidade... 07/07/08
Sonhos que um dia foi realidade e num instante inesperado deixou de existir. Sonhos que parecem ilusão, desejos que se tornaram paixões; escrevo para preencher o vazio da minha alma; transformar os sonhos em poesia, sonhar é descrever o trajeto das nuvens e a saga da chuva e a força incandescente do fogo;
A força consumidora do fogo parece com o sonho daqueles que se foram; o fogo dos sonhos estranhos, das paixões profanas e dos desejos sacanas; assim são os sonhos tanto dos infelizes quanto dos felizes.
Sonhei com o paraíso de Eva e Adão, pena que quando tentei possuir o fruto proibido fui expulso do paraíso e agora “só sei que nada sei”. Sonhei com os lábios quentes, com o hálito selvagem e o desejo sacana; sonhei e possuir o seu corpo perfeito, o desejo realizado.
Hoje não sonho mais contigo, vivo apenas o presente cada vez mais surpreendente, vivo as minhas aventuras de tal existência.
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Verdades... 15/07/08
Não preciso preocupar em encontrar a verdade, afinal diante das minhas convicções eu sou a minha verdade. Não encontrei a verdade dos dogmas, busquei nas instituições, porém não encontrei, procurei a verdade sagrada, revelada, não me convenceu, a verdade está alem das verdades edificadas.
Agora que sei, a verdade é um eterno devir, digo com ironia; a minha verdade sou eu, os meus dogmas sou eu, sou eu o meu inferno, o meu céu está no intimo do meu ser.
Verdades? Não sei, não encontrei, jamais irei impor uma verdade criada, medíocre, manipulada; a verdade sagrada, minhas paixões encarnadas, minhas verdades amadas e odiadas. Não sou Luis XIV, mas a minha verdade é a essência humana, sagrada e profana sagrada e profana.
*Luis XIV foi um Rei francês que viveu no século XVII, um dos principais monarcas do sistema absolutista europeu.
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O vento... 16/07/08
O vento tocou o meu rosto... O vento roubou os meus sonhos; traiu o meu ego. A tempestade passou e hoje estou cada vez mais cheio de sonhos e paixões outrora rasgada pelo vento.
O vento levou os prazeres da vida, o vento roubou minhas verdades, o vento tirou a minha fé, e a vida continua cheia de prazeres, verdades e fé. O vento roubou a minha vida, o futuro ficou incerto, roubou meus amantes, agora que vivo porque o ar existe, estou cheio de vida, futuro e amantes.
O vento matou os meus neurônios, a verdade criada manipulou a minha vida, a liberdade foi enforcada, agora que livre estou, cheio de verdades, liberdade e vida. O vento varria os sonhos, o vento manipulou os anos perdidos, os planos traídos, o vento levou tudo e a minha vida está cada vez mais cheia de planos e sonhos além.
* “Poema inspirada na canção de Manoel Bandeira: canção do vento e da minha vida.”.
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Pensar... 24/07/08
Agora que descobrir, sei que o sonho existe, por isso existo porque persisto em pensar. Pensar me faz encontrar o caminho do bem, do mal, o caminho sem fim. Pensando encontrei o eterno devir da minha existência.
As luzes da razão me despertaram pra vida, agora sei que vivo e, portanto preciso encontrar o sentido da minha existência. Existo porque o acaso existe, e assim serei eterno porque as minhas idéias estão plantadas nas trilhas da minha história.
Não sou o centro do universo, mas preciso existir, logo tenho que ser pensante, não quero a sua verdade, não sou um seguidor de verdades patrocinadas, não quero verdades afinal penso e edifico as minhas verdades. Sou verdade, caminho e história, agora sim posso pensar.
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Buscas... 08/08/08
Vivo porque as minhas buscas motivam e entusiasma, o encanto da vida me faz buscar o desconhecido, a busca pelo sucesso, pelo sumo bem, uma busca incansável. Busco desvendar os meus erros, encontrar os acertos e voar rumo ao além.
Busco os anseios do meu ego, almejo os sonhos de vidas passadas, temo os desejos do ego ferido e esquecido. Esqueci os planos sagrados, deixei no terreno baldio as mazelas da vida medíocre que um dia sonhei.
Sonho que busco e almejo planos que parecem esquecidos, erros nunca cometidos, agora poderei experimentar o que nunca dantes pude ser. Agora que sei que a busca é um eterno devir, posso materializar os meus sonhos, apalpar as buscas em que um dia pensei não ser perfeitas.
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Razão... 24/08/08
A razão é uma amante de Atena, é minha eterna companhia... A razão escuta a minha prece e exalta o ego da minha existência. Existo porque penso e dentro dos meus pensamentos a verdade existe, somente pela razão é que a humanidade existe e o sonho do novo persiste.
A razão dos meus planos que outrora eram irracionais, agora são claros e objetivos, os objetivos da razão me fizeram buscar a liberdade entre os clarões de o eterno devir da minha prece, viver é uma eterna prece.
Existo porque os meus neurônios me fazem refletir, reflito os meus erros, clamo os meus acertos e lamento a fatalidade.
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O espelho... 25/08/08
O espelho dourado irradiou os meus olhos e tocou a minha alma, o espelho mágico me transformou em um K2 adormecido, esperando as vítimas inocentes para serem transformadas em mártires.
Os martírios da vida, os mártires das avenidas abandonadas e excluídas, os martírios injustiçados, mal amados, os martírios sem fim. Espelho meu porque me abandonastes no deserto do Seringhete?
O espelho que despertou em mim uma eterna razão, razão pela qual iluminou a minha alma se me fez gente; que fala que grita e que sabe que as rosas existem ainda que a morte venha assolar o meu ego, ainda eu ande em um vale escuro da minha existência, as rosas existem, seu perfume existe, o espelho ainda persiste em minha essência, hoje eu estou folote.
*Folote. Adjetivo popular brasileiro: pessoa que tem muita folga que não faz quase nada. Dito muito usado nas comunidades rurais do nordeste de Minas Gerais.
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Minha liberdade é escrever... 26/08/08
Liberdade, pra que? Libertas ao aquém, liberdade talvez, liberdade amém, sem fim, sem corpos e sem nada. Minha liberdade é escrever, se escrevo é porque sou livre, sou livre porque sou poeta.
Busco na poesia o controle dos meus anseios, um tanto selvagens, uma cegueira brugudú que parece miragem. Escrevo porque sou livre, sou livre porque sonho em voar além dos meus limites, dos meus planos de saudades, de amor, paixão, planos de solidão, o que fazer se a solidão não é um problema, mas uma eterna companheira, basta aprender conviver com ela.
Na imensa barreira do desconhecido encontro a imensidão do tédio abandonado nas sarjetas das trevas. Nas trevas da angustia descobri caminhos, no caminho, procurando as fugas encontrei as sórdidas e infelizes traições; traições do meu ego, dos meus princípios e da minha nau em alto mar.
Agora que sou livre, escrevo porque o livre arbítrio assola a minha existência, existo porque sou livre, sou livre, afinal a poesia existe.
*Brugudú: pop bras. Adj. Uma pessoa gordo, de alto peso. É importante registrarmos a linguagem popular, para não se perder no tempo, este linguajar é muito usado no interior da Bahia e Minas Gerais.
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Sonhos e desejos... 26/08/08.
Escrevem-se os desejos a ferro e fogo; ao redor do sol incandescente reflito sobre as chagas da razão. Dos profundos suspiros surgiu o clamor da alma sofrida; os pálidos sonhos clamam noite e dia pela ânsia de encontrar o desconhecido. O desconhecido da sua trágica existência, o desespero dos eternos abismos da alma.
Os sonhos da vida fracassaram, os planos do mundo se perderam, a perdição dos amores, as canções dos horrores passaram; passou o sonho, fugiu os erros, encontraram o destino insolúvel; o insolúvel permaneceu na eterna mania do devir.
O devir dos sonhos, o voar dos planos, o cair do sucesso, o naufrágio dos sonhos; tudo parece o fim, o fim não é o fim é o começo de um novo sonho, de um novo desejo.
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Amo... 27/08/08
Amo a vida porque o instante existe; amo o instante, afinal o meu fôlego persiste. Amo as fogueiras que devoram o meu ser; detesto as fogueiras da inquisição; amo a essência das almas perdidas; morro de amor pelas vidas esquecidas e adormecidas.
Amo a cena do teatro dramático, amo seu corpo atlético, amo as vísceras da paixão carnal; bebo o sangue da ilusão, me jogo ao suicídio da paixão e entrego-me aos teus braços.
Amo a existência sórdida, amo os flácidos amores selvagens; amores sagrados, amores passados, morenos safados e indecentes; amores perdidos, fechados aos gritos na gruta do além, o além do meu inconsciente, o além das paixões, meu Deus, era as dúvidas que norteavam o meu ser.
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Miséria ... 27/08/08
Sonhos que passaram em um instante desconhecido, sonhos que um dia fora esquecido, sonhos de amor, de paixão, de sedução; sonhei, mas não encontrei o destino, afinal o sonho faz parte da minha utopia, minha miséria existencial.
Sonhos de poder, sonhos de amar, sonhos que um dia foi odiado, perdido, encontrado; sonhei, mas não encontrei o destino, perdi o pique, mas não desistir de sonhar, afinal o mito faz é inerente ao mito utópico daquilo que somos.
Sonhar é o lema dos poetas, por isso é que sonho, afinal, a poesia existe, o tudo, o nada, o além existe em eu ser.
Diante do trono do nada encontrei minhas duvidas, cessaram as injúrias, a poeira passou e o sonho ainda existe. Agora que tenho a nítida certeza que o sonho existe, quero apenas incrementar aos meus planos a minha odisséia celestial.
Sonhei com o poder, sonhei com o sucesso, sonhei em ser divino, mas perdi o poder, o sucesso não veio e a minha divindade pereceu numa luta contra Aquiles.
Sonhei com o fim do mundo, porém não aconteceu, sonhei em ser rei, mas a minha tão sonhada majestade fracassou o fracasso meu Deus, não era dor nem tristeza, era apenas as minhas dúvidas persistentes em minha existência.
Existo para sonhar e refletir em lugar dos míseros cérebros insanos e perdidos, por isso, é que sou poeta. A poesia é o paraíso dos sonhadores, o palácio dos doutores, a dádiva do criador, a poesia me leva ao nirvana dos budistas, ao céu dos cristãos e ao harém dos árabes, por isso é que sonho e vejo a lua deitada no horizonte tentando sonhar beijando o sol, tudo isso é possível porque a poesia existe, este é o eterno mundo dos poetas. Ainda que morram os poetas, ainda que sofram a poesia será a boca dos mudos, olhos dos cegos e ouvidos dos eternos e mortais poetas.
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Onze minutos... 11/09/08
O onze de setembro foi semelhante aos onze segundos da minha existência, corri, vivi, chorei, mas depois do susto acordei sóbrio e contente.
Onze minutos de pânico, onze segundos que mudou o mundo, dasafiou o gigante e adormeceu os sonhos... Os sonhos de poder, sonhos de controlar o capital de Bin Laden, sonhos de manipular o mundo.
Os sonhos continuam apesar de as torres terem caído; onze segundos que nunca esqueci, segundos que marcaram o meu ser. Ser do mundo dos minutos vividos, desse modo, encontrei um tesouro de sonhos, sonhados e trancados além mar.
Os planos que fizeram os minutos passarem, os minutos cessaram, os segundos passaram, mas a história permanece.
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Traços da persona... 12/09/08
Traços infalíveis e deblaterantes, traços de um físico definido, forte e sedutor que domina ao extremo, seduz ao estremo e debalando os meus instintos selvagens.
Persona de alto risco, de lindo ofusco, ao tocar do vento; traços marcantes que seduz o inconsciente e domina a alma, alma sadia, sonhos passados.
Um tarado calor exuberante, tocando os teus ouvidos, os meus ouvidos, provocando respiros, suspiros e gemidos; gemidos de calor, dor e excitação, prazer ao extremo, prazer bacana, sacana e selvagem.
Perfumes que seduz voz que manipulam os seres de corpo e alma; físico forte e perfume, tudo em fantasia, tudo atrai, os iguais atraindo iguais e queimando de prazer e excitação, que seduz todo o meu ser... Prazeres e desejos picantes, atraentes, que de vez em volto sopra os meus ouvidos e domina-me.
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Morte e vida... 20/09/08
Morte do meu ego ensangüentado, morte dos instintos estripados, morte da tal liberdade; morte daquilo que sei sepulcro de tudo aquilo que não sei, morte dos ventos esquecidos, morte fria e insensata que seduz, encanta e mata.
Morte da liberdade que grita nos ares da guilhotina, liberdade sufocada e assassinada nas ruas, nos rios, nos becos e avenidas.
As avenidas do meu inconsciente parecem que estão adormecidas, nos porões da minha existência estão algemadas os entraves terrenos. Os ventos da morte sopram pelos quatro quantos do mundo, morte que espanta, assusta e apavora, morte de outros mundos, morte secreta, morte sórdida e algoz.
A morte é o fim último do homem, caminho sem volta, pergunta sem resposta, erro sem acerto, desdém, tirano ao léu, ao aquém.
Ser e nada... 26/09/08
Ser a semente jogada em meio aos espinhos. Ser o encontro marcado entre o bem e o mal; ser a essência da vida, encontrar o sentido de ser gente. Ser gente que fala que cria e constrói o amanhã, o amanhã sem pensar no depois. O depois que um dia pensei, um depois sonhado e planejado, plano do ser que está além do bem e do mal, planos que remetem ao eterno retorno de Nieschtz. O eterno retorno dos meus sucessos e incertezas; o incerto do ser homem, gente e história. Os meus másculos sonhos agarrou o meu ser e penetrou a minha alma; com tanto testosterona que os meus sonhos levaram-me ao paraíso viril da existência.
A força do seu ser, os meios de sedução, a força da paixão de ser gente, que pensa, ama e goza dos bons momentos da vida. Ser historia viril, amor ardente e complacente com as minhas sórdidas paixões; paixões, destino, quem sabe o filho de Zeus, sou eu, o meu profundo ser.
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Presentes... 26/09/08
Presentes que a vida me deu, no mundo oculto da vida noturna; presentes safados e indecentes, sacana e vadio até demais; vadios ao extremo, sexy ao extremo. Presentes enormes, volumes indescritíveis, formas que seduz os sentidos; paixões eróticas, presentes morenos, olhos vivos e brilhantes; corpos jovens e viris, corpos claros e morenos modelados ao extremo;
Modelo selvagem, paixão recolhida, amor bandido e vulgar, amor fútil, amor assim, o bom da vida é a sacanagem; que se torna a vida cheia de presentes ambulantes que vem e vão; o insaciável encontro do desejo por sacanas presentes; o inferno do outro que mim faz escravo e selvagem, amarrado as algemas do tesão e o desejo encontro, você escondido em um manto de ímpeto juvenil e animal, tudo ao extremo, presente ao extremo.
Mistérios... 28/09/08
Mistérios que sondam a vida e desperta a minha critica razão; mistérios que parecem sinceros, mistérios sombrios e até lúdicos ao extremo; mistérios que tocam o corpo e a alma, mistérios que transformam a vida em morte, mistérios que edificam rios em meio às cachoeiras.
Mistérios que ressuscitam a minha sacana razão, razão que afugenta as fúteis idéias da “verdade”; mistérios que despertam meu silêncio profundo e os barulhos do desejo vulgar e vil. Mistérios que guiam as idéias que constroem caminhos distintos e traçados. Mistérios que faz descobrir a sua beleza, que amarram os desejos e a razão.
Razão do tudo, do nada, razão que acompanha os mistérios inexplicáveis da vida. Mistérios da elucidada Deusa razão, que ilumina alma, a mente e me faz cada vez mais convicto daquilo que sou.
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Pulchae véritas... 03/10/08
As verdades que descobrir não me convenceram; as certezas divinas parecem mitos, a verdade medíocre, sem eira nem beira; a verdade dos santos medíocres e hipócritas; uma verdade criada, insana e ultrapassada; a verdade manipulada pelo cristianismo é uma veritas palperium, verdade pra quem não pensa, eu como tenho um cérebro raciones, procuro construir verdades...
Ah e a verdade que nós buscamos? Onde está? No cristianismo? Em Alan kardek, Gandhi, Buda ou Maomé? Talvez quem sabe na umbanda, ou candomblé, quem sabe a santa filosofia de Kant dê a resposta.
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Na minha goela não... 03/10/08
Quem és tu para penetrar a sua verdade na minha goela; se alguém escreveu a verdade na bíblia, problema é de quem escreveu; eu que sou um ser cético e racional, almejo a verdade dentro da minha própria entranha.
Não sou um museu para guardar relíquias e armazenar verdades, escritas e criadas há tempos outrora; não sou da pré història, por isso é que penso e existo, faço e sigo o que acredito ser melhor para a minha existência sonhada e amada, às vezes odiada.
Quem es tu Brutus para socar essa lei medíocre do “pode e do não pode” no meu eterno e imanipulavel ser.
Sou um ser finito, logo, vou sucumbir desse planeta, mas nem por isso, irei curvar-me diante da verdade dos clérigos medíocres e insanos ao extremo; eles manipulam mente e alma e no final me pague dez por cento e vá para o céu, se não pagar vai para o inferno, ah e porque tenho que pagar? Foi deus que mandou cobrar e é verdades !!! Está na Blibliaaaaa!
Conceição... 04/10/08
Sou racional, penso, toco, analiso, sou livre para expressar o que sou e o que sinto, sinto o fluir da hipocrisia dessa gente que se diz santa e superior; para mim não passam de párias fúteis que não pensam, apenas copiam e assimilam o que está escrito;
Sou mais eu, afinal a verdade sou eu, a minha bíblia sou eu, o meu deus sou eu; o meu inferno às vezes sou. E o demônio? São os outros que incomodam tanto com os diferentes, afinal quem pensa incomoda.
Sou razão vontade e coração; sou reflexão, não preciso seguir o caminho dos deuses, pois tenho o meu próprio caminho, não preciso seguir uma fé hipócrita, uma verdade mesquinha; a verdade sou eu, o que faço procuro assumir, não sou hipócrita para colocar a culpa em Deus ou no Diabo; não preciso seguir o exemplo de Eva que pôs a culpa na serpente, o ser autêntico assume aquilo que faz; por isso, sou livre, sou verdade; sou tudo, sou nada, sou um pó na estrada da vida, feliz e não hipócrita.
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Poder... 04/10/08
Poder da vida que um sonho me deu; poder de compra que conduz ao consumo; poder de perdição, desejo de manipular a vida, os sonhos, a vontade coletiva, desejo de ser o que não é. Poder para subir ao pódio, roubar os pobres e arremessar os sonhos do novo ao abismo; o abismo inconsciente que rodeia o ego da vida vil e deliciosa; poder de corrupção, de perdição, de manipulação, poder de vida, de morte que assola fracos e fortes.
Vejo... 04/10/08
Tudo sonha, pula e sorri de paixão, depois do sonho, vejo flores, rios e pássaros; pássaros que cantam o devir das almas esquecidas; almas que cantam e digladiam as misérias alheias.
Misérias da vida, misérias fúteis que passam; misérias existenciais que provoca alegria em uns e tristeza em outras...
A suástica certeza... 04/10/08
A paisagem ilumina a alma e atravessa a inconsciente suástica do meu ser; o meu ser insaciável por idéias racionais, não sei o que sonho nem o que busco, nem o que duvido; embora lúcido, encontro o caminho.
Em um súbito pensamento surgiu algo que estava subjacente as minhas intactas idéias. O caminho sombrio, pálido e transparente, a transparente idéia parece uma flor ao desabrochar. O deserto branco e misterioso surgiu no inicio do caminho; a minha intacta idéia do mundo desabou, restou apenas o profundo silêncio.
O calar que procuras, a curva do horizonte; o gladiador angustiado querendo lutar até vencer e vencer. Vencendo as dúvidas surgem à certeza que outrora jaz no profundo silêncio. Jaz os meus
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pesos, jaz a certeza que outrora era a rainha Cleópatra; agora sei que tudo está repleto de duvidas e certezas.
Olhos... 05/10/08
Os meus olhos estão abertos como os da esfinge do Egito, vigiando os mortos que ali estão sepultados. Meus olhos sondam as verdades sepultadas no santo sepulcro e dali não sai. Virgilio, narra os episódios passados e criticam os fatos presentes. Os vales agora estão verdes, os rios passam derrepente e esqueço tudo ao vento;
O vento levou; levou os pés para a água e molhou a calça de Valter, deixando o belo moço com frio; o frio secou os meus olhos e cortou a minha estranha loucura, loucura mim deu uma insana certeza.
Insanidade é não pensar com certeza o que não é certeza, construir certezas e avaliar o incerto, construir o caminho e avaliar as ondas do mar, as ondas molham as areias da praia e destroem os castelos edificados na areia.
Os castelos enormes estão comprimidos em meio ao cérebro, o cérebro que não pensa, não analisa, nem reflete pensar o mundo e pensar a vida é reinventar um novo caminho, caminhos que vão e vem.
Reflexões, 2ª edição, 15 de outubro de 2013.
Viver com dignidade em si, consiste em um grande desafio existencial para todos os homens e mulheres que almejam serem protagonistas do seu próprio destino. Contudo, sabemos que para se construir uma personalidade verdadeiramente cidadã, existe um caminho tão somente pela educação, sendo esta a grande ferramenta transformadora da humanidade.
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No Brasil atual, vivemos um grande dilema, a escola pública está em quase que 100% do territorial nacional, todavia, a qualidade da nossa educação está cada vez pior, com a cultura da Alfabetização na idade certa, o governo está a afim de, conceder aqueles alunos que tem dificuldade em ter um bom rendimento escolar um certificado de “idiota”, hoje o que mais vemos são analfabetos funcionais, os quais não sabem se quer escrever um bilhete dentro da norma culta.
Portanto, registro aqui a minha indignação enquanto educador sou contra todo o descaso do governo, com a educação infanto-juvenil, os piores salários estão na educação de base, uma vez que, são nos primeiros quatro anos que a criança adquire bagagem para se desenvolver cultural e intelectualmente.
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Ano I - 1ª edição, julho de 2013.
Nascido aos vinte e três de maio de 1975, Nilson Fonseca nasceu na Fazenda Boa esperança, antiga Fazenda Conceição da Vitória, município de Alcobaça, estado da Bahia. Nilson Fonseca é filho de migrantes mineiros, os seus pais, Luís Rodrigues Fonseca e Carmelita Gonçalves Fonseca são da cidade de Águas Formosas- Minas Gerais.
No ano de 1973, os teus pais compraram uma pequena fazenda de 60 hectares, nas margens do córrego do ribeiro grande, antes a propriedade pertencia ao senhor Salustiano Melchiades dos Santos. Quase dois anos depois, nascia de parto normal, Nilson Fonseca, começou a trabalhar na roça com o seu pai desde os cinco anos de idade, aos oito anos começou a estudar no povoado de Novo Destino com a professora Edenildes, mas antes ele também estudou com uma senhora por nome de dona Eldí. Nilson caminhava 06 quilômetros todos os dias pra estudar juntamente com os teus irmãos e amigos.
Em 1986, na vizinha fazenda Campo verde foi aberta uma escola, por nome de Escola São Luís, o Primeiro professor desta escola foi Benedito Borel da Conceição, em 1987, tivemos uma segunda professora, Sonia Borel, em 1988 a minha irmã, Silvani Fonseca lecionou, em 1989 foi à vez do professor Reginaldo Silva, hoje é policial militar, em 1990 terminei a 4ª série primaria e por falta de incentivo dos seus pais, Nilson ficou cinco anos, sem estudar, somente aos 21 anos é que ele voltou a estudar a 5ª série, era o inicio do transporte escolar em Alcobaça. Varias vezes ficou sem estudar por falta de professor, por isso, somente aos 15 anos é que ele conseguiu terminar a 4ª série primária. Somente a partir de meados da década de 90 é que a educação começou a melhorar na região, surgiu transporte de graça, professores graduados, escolas maiores etc. A não permanência de professores na escola rural onde Nilson estudava fez com que ele se atrasasse em relação a idade e série. Por isso, somente aos 15 anos ele conseguiu concluir o primário, hoje isto é considerado um absurdo, mas, há 25 anos atrás era algo normal.
Trabalhando na lavoura desde criança juntamente com seus pais, Nilson sempre gostou de ler e escrever e gostava também de ouvir “A voz do Brasil”, pois naquele tempo, o radio a pilha era o único veiculo de comunicação na zona rural onde ele vivia, mas Nilson sempre sonhou em ser Professor de História. Em dezembro de 1994, foi para a cidade São Paulo em busca de uma vida melhor, até que conseguiu um emprego de ajudante, ganhava um salário mínimo por semana, contudo, o pacato jovem do interior da Bahia não se adaptou na cidade grande, retornou para a
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sua terra em 1995 e em 1996 começou a estudar no EMEF São José e em 1999 concluiu o ensino fundamental.
Apesar das dificuldades de trabalhar e estudar, Nilson não desistiu, em 2000, matriculou-se no CEA em Alcobaça, e cursou o ensino médio na modalidade supletivo que duraram dois anos. Muitas vezes o carro que o transportava para estudar em Alcobaça tinha muitos defeitos mecânicos, e às vezes, para não dormir no ônibus, Nilson juntamente com seus dois irmãos Marcos e Edilene eles caminhavam dez, quinze quilômetros para chegar em casa. Neste período, a renda familiar era tão somente da produção artesanal de farinha de mandioca, às vezes, ele e a família trabalhavam torrando farinha todo o dia e a noite tinha que ir estudar cansado, acontecia que, dormia durante o trajeto da sua casa até a escola e até mesmo durante as aulas ele cochilava muito...
Nilson sempre se sentiu na contra mão da sociedade, seu primeiro beijo foi somente aos dezessete anos, com uma moça por nome de Zenida, que morava em uma vizinha fazenda chamada “Contra Eva”, mas ele sempre preferiu um bom livro em detrimento de baladas e aventuras. Muito religiosa, acabou ingressando no Seminário Menor Bom Pastor, da Diocese de Teixeira de Freitas – Bahia, isto aconteceu no dia 08 de julho de 2002, seis meses após a conclusão do ensino médio, Nilson acreditava ter vocação para o sacerdócio, passou seis meses no Seminário menor e em dezembro de 2002 fez o vestibular no Instituto de Teologia de Ilhéus-Bahia, onde fez bacharelado em filosofia, terminou o curso e pediu ao bispo da época um tempo para pensar sobre a vocação, voltando para sua casa, passou seis meses refletindo e em julho de 2006 começou a trabalhar como professor de filosofia no Colégio Estadual Eraldo Tinoco, se identificou com o magistério em 2008 começou a cursar História na Unoparvirtual, morando em São José de Alcobaça e dando aulas, Nilson fez muitas amizades: Marizete, Charles, Claudio Carlos Alberto, Bernardo, Robério, entre outras pessoas as quais ele conviveu e construiu sólidas amizades e muitas delas existem até hoje.
Em 2010, Nilson ficou desempregado e resolveu cometer a loucura de ir ao Rio de Janeiro, transferiu o curso de História para o polo de Nilópolis-RJ, ficando no Rio por seis meses na casa do seu amigo Robério Fonseca, Nilson conseguiu um serviço pra fazer vistoria em carros, mas não teve êxito, voltando pra sua terra natal ao mesmo tempo, em julho do mesmo ano, continuando o curso de história mesmo sem emprego, porém, os seus pais ajudaram a pagar o restante do seu curso, sendo ele, muito grato por tudo isso.
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Em 2010, Nilson fez o seu primeiro livreto de 100 páginas “O Profundo Silêncio”, não tendo condições de publicar, Nilson fez um blogger e publicou parte do seu livro na homepage: Nilson-magister. blogspot.com. em 2011 fez um processo seletivo e é aprovado para lecionar no Distrito de Novo Destino, onde trabalha até hoje. “Em Novo Destino, tive uma experiência salutar, eu que nunca havia lecionado para o ensino fundamental, trabalhei com uma turma de EJA, uma sala de jovens e adultos, ali, tive um aprendizado inexplicável, muitas frustrações, mas também muitas amizades e realização, enquanto profissional”.
Em julho de 2011, Nilson voltou a pensar em ser religioso novamente, visitou o Instituto Miliciano de Cristo, em Vitória- ES, cujo superior era o Cônego Padre José Airola, passando uma semana no convento do Carmo e depois voltando pra casa Nilson decidiu não entrar na ordem religiosa, continuou a sua missão de educador e formador de cidadãos.
Entre tantos sonhos, Nilson tem o desejo de criar uma Fundação Cultural para desenvolver projetos de inclusão social, a sua luta por um mundo melhor continua, influenciado pela sua formação humanista advindo da teologia católica, ele acredita que o Brasil que queremos, somos nós que construiremos. Durante o período que esteve estudando no seminário Maior São João Maria Vianey, em Ilhéus, Nilson teve uma grande experiência, intelectual, espiritual e humano, o contato com professores Mestres e Doutores fez com que a sua formação intelectual se tornasse algo salutar em sua existência, de forma que, Nilson é muito grato a Igreja Católica por ter proporcionado uma boa formação em sua vida.
“considero um presente de Deus, o período em que passei no seminário, a Filosofia e a espiritualidade proporcionou-me um profundo encontro comigo mesmo, de modo que, hoje, sinto-me uma pessoa integrada comigo mesmo, com o mundo e com o próximo, sinto mais maduro e muito mais convicto da minha fé e da minha missão enquanto cristão que sou em levar pra escola a pessoa de cristo.” Nilson sempre gostou de ir a Igreja Católica, foi batizado em Novo destino, herdou a fé católica dos teus pais.
Durante a sua vida vocacional, Nilson realizava com os colegas de seminário visitas pastorais nas paróquias da Diocese de Teixeira de Freitas, onde encontrava o povo nas comunidades, o carinho do povo com o jovem seminarista faz com que ele ainda se lembra dos velhos tempos que foram muito significantes para a sua formação pessoal. “Acredito que quem estuda em um seminário nunca mais será o mesmo, pois as experiências de fé e vida que se tem em uma casa de formação é algo muito importante e marcante na vida do cristão”, disse Nilson Fonseca.
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Muitos amigos marcaram a vida de Nilson em Ilhéus, o seu amigo José Roberto, que hoje é Padre, outra pessoa que marcou a sua vida foi o seu amigo de seminário, o então Padre Isael Silva, são pessoas que foram muito importantes na sua vida, e fizeram uma sólida amizade e mantém contato até hoje. Ainda sobre as amizades, não se pode esquecer-se da catequista Maria Conceição, que trabalhava juntamente com o mesmo na paróquia São João Batista, no Pontal em Ilhéus, uma pessoa sincera e de uma incrível ternura, grande amiga do professor, hoje, conceição é evangélica e eles continuam amigos, apesar da distância.
Na década de 90, Nilson teve uma vida atuante nas pastorais em sua comunidade, foi coordenador da Pastoral da Juventude em 1996, depois foi coordenador da comunidade Bom Jesus, participou da Renovação Carismática Católica em Teixeira de Freitas, toda esta experiência pastoral contribuiu para a sua ida ao seminário, mais tarde Deus lhe deu o discernimento que era melhor continuar como leigo.
Como projeto de vida atual, Nilson deseja criar uma ONG para incentivar projetos sociais e culturais para incluir Crianças, Jovens e Adultos e construir uma nova visão de mundo e criar novas perspectivas para estas respectivas pessoas.
Vida acadêmica
Dezembro de 1990, Nilson conclui a 4ª série primária aos 15 anos de idade.
Março de 1996 inicia o ginásio em São José de Alcobaça e conclui o mesmo em 1999.
Em março de 2000 começa a estudar o ensino médio no colégio CEA em Alcobaça, onde se forma em 2001.
08 de julho de 2002 entra para o seminário menor da diocese de Teixeira de Freitas.
Fevereiro de 2003 inicia o curso de Bacharelado em filosofia, no instituto de teologia de Ilhéus, onde em 2005 conclui o curso e pede um tempo ao bispo para melhor refletir sobre sua vocação.
Sua tese de conclusão do curso de Filosofia teve como tema: a antropologia religiosa de Feuerbach.
Junho de 2006, após pensar bastante começa a lecionar no Colégio Eraldo Tinoco.
Em setembro de 2007, Nilson comprou o seu primeiro veículo, uma moto Honda fan- 125, a qual possui até hoje.
Em março de 2008 começa a cursar História na Unoparvirtual e em junho de 2011 conclui o curso.
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Durante o curso fez um projeto de pesquisa com o tema: como organizar uma visita ao museu em 2009.
Fez outro projeto de pesquisa sobre um tema social: o preconceito e a perseguição aos homossexuais em 2010.
Escreve seu primeiro livreto: O Profundo Silêncio, mas ainda não foi publicado, só em seu Blog.
O seu TCC teve como tema: a influência do negro na formação do povo brasileiro em 2011.
Fez pós-graduação em história e cultura afro-brasileira no Instituto Pro Saber, Em 2012.
Em 2013 elabora o projeto: Cultura e Educação e envia para o Minc/MEC para ser avaliado e está aguardando a reposta.
Em julho do corrente ano, visita o grupo de Capoeira Mestre mangangá e faz uma parceria de trabalho com o mesmo e o EMEF Novo Destino para a realização de um projeto de valorização da cultura afro-brasileira.
Tenho como meta para 2014, tomar posse no concurso público que fui aprovado na prefeitura de Itamaraju, estado da Bahia.
E sonha também em criar uma fundação sem fins lucrativos para realização de inclusão social e valorizar a cultura brasileira.
Ainda para 2014, tenho como projeto, elaborar o meu plano de mestrado em História e Cultura.
Atualmente é servidor publico na cidade de Itamaraju e Vereda, atuando como professor de história. Em 2015 tenho como meta passar no concurso público da cidade de Nova Viçosa e no Reda para dar aulas no estado.

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